Mistério envolve a morte de garota





A Polícia Civil instaurou inquérito para esclarecer a misteriosa morte de uma garota de 21 anos. O corpo de Natália Regiele Tabosa da Silva foi encontrado na cama de um quarto no apartamento de número 301 (3º andar) do Edifício Residencial Cristina Maria, situado na Avenida Abolição, 3450, Mucuripe. Era por volta de 6h30 de domingo passado quando a Polícia foi acionada, via Ciops, para atender à ocorrência.

Quando morreu, de causas ainda desconhecidas, Natália Regiele estava na companhia de um grupo de aprendizes marinheiros do Rio de Janeiro que, atualmente, está em Fortaleza prestando Serviço Militar Obrigatório na Armada.

Investigar

Segundo a Perícia Forense, no corpo da vítima não havia sinais aparentes de atos de violência. No entanto, o cadáver passou por um exame de necropsia na tarde de ontem na Coordenadoria de Medicina Legal (Comel). O caso agora está sendo apurado pela equipe do 2º DP (Aldeota) com o auxílio da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Os familiares da garota estiveram, ontem à tarde, na sede da Pefoce em busca de informações sobre o caso e também para providenciar a liberação do corpo para o sepultamento que ocorrerá hoje. "Vou até o fim. Vou mobilizar políticos, os Direitos Humanos e a Justiça", disse o pai da garota. Rogério Tabosa mora em São Paulo, onde é assessor parlamentar do deputado estadual Alencar Santana (PT), mas veio a Fortaleza tão logo tomou conhecimento do fato.

O ex-marido da vítima (identidade preservada) também estava na sede da Pefoce na tarde de ontem. O rapaz, que é evangélico, contou que estava separado da esposa desde agosto do ano passado. Entre o namoro e o casamento foram nove anos de convivência com Natália. "Depois de uma simples discussão a gente decidiu se separar, mas não me afastei dela", disse.

A Polícia descobriu que Natália teria conhecido os marinheiros cariocas há duas semanas, numa festa de forró. No último sábado teria sido convidada para uma festa particular no apartamento que os militares haviam alugado, no Mucuripe. Foi lá que ela morreu em situação ainda sob investigação.

Negou

Segundo o ex-marido, ainda no começo da manhã de domingo, quando a Polícia chegou ao local encontrou o celular da jovem e tentou avisar a mãe dela sobre o que havia ocorrido. "A Polícia só conseguiu contato com uma amiga da Natália. Ela foi até lá e reconheceu o corpo", informou.

A colega chama-se Larissa e foi a primeira pessoa a tomar conhecimento do caso. Em seguida, o ex-marido recebeu a informação e avisou à família da garota. Os parentes negaram, com veemência, os boatos de que Natália fosse garota de programa e estivesse na companhia dos marinheiros em troca de dinheiro.

A Reportagem esteve no edifício onde o corpo da jovem foi encontrado, mas ninguém ali quis comentar o assunto. A Polícia não voltou ao prédio.

Ainda muito abalada com o caso, a mãe de Natália reuniu forças para ir ao antigo IML fazer o reconhecimento formal do corpo da filha, mas não teve condições de conversar com a Reportagem. Durante a longa espera pela liberação do corpo, ela permaneceu amparada pelos parentes. O pai e o ex-marido denunciaram a demora na liberação do cadáver. O corpo chegou ao IML na tarde do domingo e somente ontem, com mais de 24 horas da constatação do óbito foi examinado. A Polícia não descartou as hipóteses de crime sexual, overdose ou coma alcoólico.

Fonte: Diário do Nordeste

VARJOTANOTICIAS.COM




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